Ocupar plenamente nosso território de autenticidade, nosso espaço de vida na própria vida e ainda alargar as bordas da nossa existência pra sermos cada vez mais nós mesmas exige muito uma postura de colonizadora.
E como concordo contigo, Yna, sobre o amargo no fundo da garganta que vem junto com a coragem de bancar nossa autenticidade.
Mas sabe que por mais que eu acredite - de verdade! - que a vida não precisa ser difícil e que não deveria ser tão trabalhoso ser quem a gente veio pra ser, eu também fico com algumas pulguinhas atrás da orelha...
Será que seria tão gostosa a sensação de orgulho de nós mesmas quando somos realmente fieis à nossa essência se a gente não precisasse construir e reafirmar esses pactos internos diariamente e a cada nova intempérie?
Fiquei pensando no que você falou sobre uma boa construção de sabor ir além do doce e também no amargo no fundo da garganta que comentei aqui antes... o que você acha, Yna? Será que faz sentido isso?
pra mim faz todo sentido, Francine! eu acho que nossa experiência aqui nessa vida é conquistar territórios internos mesmo. e precisamos dos contrastes para descobrir o que verdadeiramente amamos e odiamos. acredito que não sabemos fazer diferente, não enquanto seres humanos. e se essa é a experiência humana, bora com tudo explorar sabores!
“delimitar suas fronteiras e se retirar todas as vezes que forem ultrapassadas” - meu mantra, só eu sei o preço que pago, mas é isso, vale! Obrigada pela honra de ser citada 🥹🍸
"não sou colonizadora. os territórios que luto diariamente para conquistar são internos: minha confiança, minha sexualidade, minha coragem, minha voz, minha autenticidade, minha criatividade, e o maior de todos, meu Desejo." 💥❤️🔥
"algumas vezes eu cantei a bola da liberdade para me consolar, e não por verdadeiramente me sentir assim. e outras tantas eu abri mão da minha força para ser mais palatável."
- essa frase define muito nosso "escolha suas batalhas" de cada dia.
infelizmente, como estrangeira, a corda pende pra esse segundo lado. temos que nos lembrar diariamente de nao sucumbir a essa "docilidade mais facil"...
eu sempre tento copiar as tranças que a Lagertha usa pra me dar essa energia kkk Yna, eu tb sou dessas de dificultar mt a vida da pessoa se ela tá sendo escr*ta comigo. não somos obg não
Isso me fez lembrar de uma novela que passava exatamente as 18 horas em um canal específico lá em casa da minha mãe.
Ninguém gostava de sentar para assistir aquela novela e quando se queria saber o motivo, todos respondiam * a protagonista é barulhenta demais, fala muito alto*. Isso foi um chamado.
Lembro como se fosse ontem quando uma sequência de episódios chamou a minha atenção. Lembro que aqueles episódios me fizeram ficar eléctrica, o meu peito estava aquecido e pesado. Mas, eu soube que era um peso bom. Era orgulho.
Nesses episódios, a protagonista se recusava a dar um filho ao seu amado marido. Seu marido lhe pediu um filho, e ela foi cirúrgica em sua resposta. Ela disse que não estava pronta para ter filhos, que tinha medo, que não se via sendo mãe nem agora e nem em um futuro próximo. Lhe disse que não conseguia nem cuidar dos irmãos já que foi obrigada a ser mãe tão cedo... como conseguiria liderar mais uma criança?
Ele olhou para ela em choque e respondeu: você não precisa ter medo, você está sendo egoísta, eu faço tudo por você e quando lhe peço algo você não pode se quer me atender? Você presta demasiada atenção aos seus irmãos – detalhe que o irmão dela de 9 anos tinha acabado de sair de uma cirurgia–, você podia fazer isso por mim.
Ele falava de uma criança como se ela fosse uma simples e mísera vírgula para dar uma pausa em um texto e não como um ponto final.
E detalhe que ele queria esse filho para dar continuidade a sua linhagem.
Uma conversa que me pegou também, foi quando a protagonista estava conversando com sua avó e a mesma lhe dizia que ela não podia lutar contra tradições, não podia bater de frente com a cultura. Pois sua avó havia passado pelo mesmo e se conformou. Mais uma vez a protagonista se levanta e diz – Não deixarei cultura nenhuma se acentar em minha vida, não deixarei que eles controlem o que faço com meu corpo.
Mas no final, ela acabou aceitando o destino lhe imposto para permanecer nesse relacionamento com o homem que ela dizia amar.
Então meninas, vocês querem ser as escolhas de alguém ou querem ser as que fazem escolhas? As que têm a palavra final?
Esse texto me pegou em cheio! Eu gostei da força com que a autora fala sobre ser “difícil”: não como defeito, mas como afirmação de liberdade. É inspirador ver como ela transforma o incômodo em coragem e o desconforto em autoconhecimento. Me fez pensar que ser indomável, às vezes, é apenas escolher continuar sendo verdadeira, mesmo quando o mundo prefere que a gente se cale.
Um texto necessário.
muito grata, Gislane!
Texto incrível. Liberté!
sempre sempre sempre! muito grata!
amei o texto 😍
obaaa!
Ocupar plenamente nosso território de autenticidade, nosso espaço de vida na própria vida e ainda alargar as bordas da nossa existência pra sermos cada vez mais nós mesmas exige muito uma postura de colonizadora.
E como concordo contigo, Yna, sobre o amargo no fundo da garganta que vem junto com a coragem de bancar nossa autenticidade.
Mas sabe que por mais que eu acredite - de verdade! - que a vida não precisa ser difícil e que não deveria ser tão trabalhoso ser quem a gente veio pra ser, eu também fico com algumas pulguinhas atrás da orelha...
Será que seria tão gostosa a sensação de orgulho de nós mesmas quando somos realmente fieis à nossa essência se a gente não precisasse construir e reafirmar esses pactos internos diariamente e a cada nova intempérie?
Fiquei pensando no que você falou sobre uma boa construção de sabor ir além do doce e também no amargo no fundo da garganta que comentei aqui antes... o que você acha, Yna? Será que faz sentido isso?
pra mim faz todo sentido, Francine! eu acho que nossa experiência aqui nessa vida é conquistar territórios internos mesmo. e precisamos dos contrastes para descobrir o que verdadeiramente amamos e odiamos. acredito que não sabemos fazer diferente, não enquanto seres humanos. e se essa é a experiência humana, bora com tudo explorar sabores!
"delimitar suas fronteiras e se retirar todas as vezes que forem ultrapassadas.
essa é a verdadeira liberdade"!!!!!❤
sim!!!
“delimitar suas fronteiras e se retirar todas as vezes que forem ultrapassadas” - meu mantra, só eu sei o preço que pago, mas é isso, vale! Obrigada pela honra de ser citada 🥹🍸
assim se faça sempre!!! eu amo sua news!
🥹🫶🏼
"não sou colonizadora. os territórios que luto diariamente para conquistar são internos: minha confiança, minha sexualidade, minha coragem, minha voz, minha autenticidade, minha criatividade, e o maior de todos, meu Desejo." 💥❤️🔥
❤️🔥❤️🔥❤️🔥
sabe isso que você vê na Lagertha? é o que vejo em você. muito obrigada por afiar as nossas garras, Yna!
AI MULHER! MEU CORAÇÃO! ❤️🔥 muito muito grata! que honra!
"algumas vezes eu cantei a bola da liberdade para me consolar, e não por verdadeiramente me sentir assim. e outras tantas eu abri mão da minha força para ser mais palatável."
- essa frase define muito nosso "escolha suas batalhas" de cada dia.
infelizmente, como estrangeira, a corda pende pra esse segundo lado. temos que nos lembrar diariamente de nao sucumbir a essa "docilidade mais facil"...
obrigada pelo texto :)
todos os dias, sem exceção. grata pelo comentário, Giuliana! ❤️🔥
eu sempre tento copiar as tranças que a Lagertha usa pra me dar essa energia kkk Yna, eu tb sou dessas de dificultar mt a vida da pessoa se ela tá sendo escr*ta comigo. não somos obg não
Isso me fez lembrar de uma novela que passava exatamente as 18 horas em um canal específico lá em casa da minha mãe.
Ninguém gostava de sentar para assistir aquela novela e quando se queria saber o motivo, todos respondiam * a protagonista é barulhenta demais, fala muito alto*. Isso foi um chamado.
Lembro como se fosse ontem quando uma sequência de episódios chamou a minha atenção. Lembro que aqueles episódios me fizeram ficar eléctrica, o meu peito estava aquecido e pesado. Mas, eu soube que era um peso bom. Era orgulho.
Nesses episódios, a protagonista se recusava a dar um filho ao seu amado marido. Seu marido lhe pediu um filho, e ela foi cirúrgica em sua resposta. Ela disse que não estava pronta para ter filhos, que tinha medo, que não se via sendo mãe nem agora e nem em um futuro próximo. Lhe disse que não conseguia nem cuidar dos irmãos já que foi obrigada a ser mãe tão cedo... como conseguiria liderar mais uma criança?
Ele olhou para ela em choque e respondeu: você não precisa ter medo, você está sendo egoísta, eu faço tudo por você e quando lhe peço algo você não pode se quer me atender? Você presta demasiada atenção aos seus irmãos – detalhe que o irmão dela de 9 anos tinha acabado de sair de uma cirurgia–, você podia fazer isso por mim.
Ele falava de uma criança como se ela fosse uma simples e mísera vírgula para dar uma pausa em um texto e não como um ponto final.
E detalhe que ele queria esse filho para dar continuidade a sua linhagem.
Uma conversa que me pegou também, foi quando a protagonista estava conversando com sua avó e a mesma lhe dizia que ela não podia lutar contra tradições, não podia bater de frente com a cultura. Pois sua avó havia passado pelo mesmo e se conformou. Mais uma vez a protagonista se levanta e diz – Não deixarei cultura nenhuma se acentar em minha vida, não deixarei que eles controlem o que faço com meu corpo.
Mas no final, ela acabou aceitando o destino lhe imposto para permanecer nesse relacionamento com o homem que ela dizia amar.
Então meninas, vocês querem ser as escolhas de alguém ou querem ser as que fazem escolhas? As que têm a palavra final?
Tomem nota.
Aliás, texto necessário e impressionante.🫰🏾
Esse texto me pegou em cheio! Eu gostei da força com que a autora fala sobre ser “difícil”: não como defeito, mas como afirmação de liberdade. É inspirador ver como ela transforma o incômodo em coragem e o desconforto em autoconhecimento. Me fez pensar que ser indomável, às vezes, é apenas escolher continuar sendo verdadeira, mesmo quando o mundo prefere que a gente se cale.