Olá, você que me lê! Como passou a semana?
Eu tô deitada na minha cama nesse momento. O sol está batendo nos meus pés que estão cobertos por meias bem grossas porque faz um frio danado aqui no Rosa.
Eu sou do time de pessoas que prefere o frio, mas eu sempre disse isso porque o frio da minha terra era de no máximo 18 graus, não 9, como a mínima do dia de hoje. Mas tá tudo ótimo! Tenho minhas meias, cobertas e o café quentinho. E no inverno, o mar daqui enche de baleias que vieram ter seus bebês, coisa mais linda!
O que eu quero te contar hoje é que conversando com a minha mãe no telefone, ela me lembrou que eu era uma criança que fugia assustada do potencial sucesso. Quando eu começava a me destacar em algo ou receber muitos elogios, eu fugia. Ela disse que eu arregalava os dois olhos e pedia pra ir embora hahaha Rindo porque me imagino muito fazendo isso…
Quando a gente é criança e se destaca em algo, não é legal. As outras crianças começam a te tratar meio mal, te chamar de CDF (nos anos 90/00), puxa-saco, nerd, “tassiachando”… E você definitivamente não quer essa posição. Eu não queria. Eu queria pertencer.
Eu não era um destaque em todas as áreas da vida, óbvio. Tinha minhas facilidades. Me lembro que quando não queria desistir porque gostava muito de fazer aquela determinada atividade, eu me fechava. Ficava tímida e na minha. Foi assim inclusive na minha formação como atriz. Nunca me esqueço que o professor foi destacar os 5 melhores daquele semestre e citou apenas 4 nomes. Minutos depois ele lembrou de mim. Eu sabia que era eu, mas não perguntei “e o quinto nome?”. Fiquei quieta, olhando pro chão e cutucando as peles no cantinho dos dedos esperando ele falar alguma coisa.
Lendo isso talvez você me imagine um bichinho do mato, quietinha, assustada. Não era bem assim. Nós não somos uma única coisa. Eu sempre fui tímida e introvertida, mas depois de um tempo me soltava. E quando me soltava, era daquelas que liderava, reivindicava os direitos, discutia por melhorias. Pra você ter uma ideia, na adolescência eu ia pra diretoria de livre e espontânea vontade reivindicar o que eu achava que devia hahaha
Incoerente, né? Um lado super tímido, outro super ativista. Podemos culpar um sol no grau 0.16 de áries na casa 12? Se você for de astrológicas, sim. Mas podemos também entender essa psique que desejava se expressar, mas tinha medo das consequências. Então o fazia apenas quando esbarrava num valor muito grande ou chegava num limite.
Mas isso era na infância e adolescência. Eu não sofria sendo assim. Tava tudo certo até chegar a vida adulta dos 20 e poucos e eu ter uma dificuldade imensa de ocupar meus espaços.
Por que você acha que eu trabalho com posicionamento e comunicação de liderança para mulheres? Porque foi um processo de cura pra mim. Eu tive que aprender o pasito a pasito que eu ensino e continuo evoluindo e aprendendo todos os dias.
Eu tive que renascer. Tive que entender o que é a autoliderança para dominar minha mente, mudar meus comportamentos e ousar ser quem eu sou mesmo que isso desagrade algumas pessoas. Mesmo que eu me torne a nerd-puxa-saco-tassiachando. Eu tive que aprender a não dar a mínima pra isso. Tive que aprender a confiar nas minhas habilidades, na minha intuição e explorar o máximo delas sabendo que isso me colocaria em destaque de alguma forma.
Enquanto escrevo isso, penso que você que me lê tá me achando um tanto arrogante. Mas continuo escrevendo. Porque é isso que cura a voz sabotadora na gente: fazer, apesar de. Fazer com ela sussurrando ou gritando dentro de você que você deveria agir diferente.
Essa semana vi um vídeo da Ivete Sangalo maravilhoso! Uma fã grita que ela tá linda e ela responde: “tô, não tô? eu sou linda!” e eu achei o máximo! Gente, é uma delícia ver uma mulher com autoestima em dia!!! O mundo faz de tudo pra te fazer acreditar que você não é linda, não é inteligente, não é competente, não é nada. Quando uma de nós fala o contrário com segurança e verdade é maravilhoso!
Você não precisa depreciar suas conquistas e habilidades para ser aceita. Isso só te faz ocupar espaços apertados e viver longe dos seus desejos, vontades, talentos e potências.
Eu sou uma mulher muito inteligente que tem uma habilidade grande de conectar ideias e criar. Me descobri uma ótima mentora porque adoro ouvir as pessoas e sou boa em sintetizar e trazer pra matéria o que pra elas está tão confuso do lado de dentro. Não tenho mais medo do sucesso, me abro para recebê-lo. Eu sei que minha responsabilidade aumenta, mas tá tudo certo. Eu não sou mais aquela criança, eu sou uma mulher adulta e eu assumo os efeitos colaterais de ser exatamente quem eu sou.
Sua vez: escreva um parágrafo como esse sobre você. Se sentir, deixe aqui embaixo nos comentários para selar esse compromisso de honrar a sua força.
O que você tem a perder por mostrar sua grandeza é tudo aquilo e aqueles que tentam te diminuir. Nem é uma grande perda, né?
Eu posso te guiar nesse processo de resgatar sua força de liderança interna. Te garanto: minha mentoria transforma a vida das mulheres que ousam ocupar esse espaço.
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Ai Yna, chorei aqui. Me revi muito nas tuas palavras, nesse movimento de nerd/ativista/mas no fundo só quero pertencer. E sério, deixar de ser a boazinha é um desafio diário. Lembro disso a cada "não" que consigo dizer.
Obrigada por isso, pois acordei com o seguinte pensamento e escrevi no diário:
"Eu continuo olhando pros outros e não fazendo o que preciso fazer. Até quando minhas desculpas vão me dominar?"
Que sincronicidade...
Então eu escrevo agora pra mim:
Eu me olho no espelho e vejo o quão forte eu sou. Eu sou uma filha, mas uma mulher adulta que merece alcançar tudo que quer, porque sempre estudou bastante e trabalhou bastante pra isso. Expressar meus conhecimentos pode me libertador do meu julgamento interno e ajudar outras mulheres à fazerem o mesmo, pois somos seres tão diversos, mas ao mesmo tempo muito parecidas, pois temos medos e desejos profundos.