Em 2018 eu fiz uma viagem transformadora. Mas não soube isso assim que escolhi o destino. eu soube quando estava lá. O destino foi escolhido por uma amiga e ela me perguntou se eu queria ir junto. Eu quase não fui porque na época não tinha uma estabilidade financeira e tinha medo de fazer investimentos além da sobrevivência. Mas nos 45 do segundo tempo, eu disse “sim”.
Nós tínhamos dois destinos: Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile. Em terras chilenas o combinado era ir para Cajón del Maipo caminhar pelos Andes. Eu te confesso que não sabia muito bem como seria isso. Minha amiga Victoria com seu sol em capricórnio e sua fluência em espanhol estavam à frente do roteiro.
Pegamos uma van com um guia maravilhoso (indicação de uma amiga minha) e saímos de Santiago cedinho para nossa caminhada. Nosso guia nos disse que se houvesse qualquer sinal de chuva, teríamos que retornar por ser muito perigoso. Não houve. O céu estava limpíssimo!
Na entrada do parque, paramos para ver condores voando. Se você não sabe o que é um condor, pensa num urubu MUITO, mas MUITO grande! Suas asas abertas podem chegar a 3,2 metros!
fato engraçado sobre esse momento: na hora que paramos para vê-los, eu estava muito apertada pra fazer xixi. Vic fez um tipo de cabaninha pra mim pra eu fazer no mato mesmo. Enquanto eu tentava me concentrar, um monte de ovelhas começaram a vir na minha direção! Eu levantei rapidinho e então soube que na guarita da entrada do parque havia um banheiro. POIS É.
Enfim, seguimos viagem. Não me lembro se foi antes ou depois dos condores, mas fizemos também uma parada para contemplar essa vista absurda aqui:
Depois seguimos para onde a caminhada começaria. E assim que começamos a nossa jornada aventureira, eu entendi o que tinha ido buscar ali!
Tudo em volta de mim me parecia tão grande! Uma paisagem completamente diferente do que estava acostumada em terras brasileiras. Cores, animais, flores, neve no topo das montanhas… Eu me senti minúscula. Mas não no sentido de diminuir a importância da minha existência: eu me senti minúscula e pertencente. Eu me senti parte de algo grandioso!
O que eu fui buscar nessa viagem foi a minha fé. E não tô falando no sentido religioso, até porque não sigo nenhuma religião. É além! é maior! a minha fé de que faz todo sentido estar aqui.
A sensação de que faz todo sentido estar viva mesmo que eu não saiba muito bem o propósito. eu não preciso saber. apenas faz sentido. eu simplesmente sei.
Eu trouxe essa sensação comigo como um tesouro. E todas as vezes que me sinto perdida, me lembro dessa viagem. Me lembro que trouxe comigo aquele presente. Me conecto com ele e me sinto novamente viva.
Eu passei a acreditar que escolhemos os lugares que visitamos porque nossa alma precisa buscar mais uma peça do nosso quebra-cabeça interno. E isso serve para pessoas que nos relacionamos também. Mesmo que não seja gostoso. Mesmo que dê tudo errado na viagem. Talvez o que fomos buscar seja força, coragem ou outra virtude como essa que se esconde em momentos de caos e só encontramos se aceitamos vivê-los.
O que você veio buscar no aqui-agora que você está vivendo?
Não, e detalhe:
✨ sempre eu eu vejo as publicações dessa artista, meu dia fica mais feliz
✨ essa versão de Alors On Danse vai deixar seu dia mais bonito
✨ a minha agenda de atendimentos individuais está aberta. ainda restam algumas vagas para Março e será um prazer te guiar na liderança da sua vida da mente ao bolso. detalhes aqui!
Que emoção, Yna. Estava aqui rolando teu feed e me deu vontade de parar e ler este 'furo' (de reportagem). Engraçado que há algumas semanas sinto de querer viajar de novo... não me veio nenhum destino certeiro, minha alma tá buscando, pois as coisas seguem ainda meio nubladas por aqui... me coloquei em movimento de volta ao trabalho, e acredito que em algum momento o lugar que me chama estará claro. Ou aparecerá para deixar as coisas mais claras - como o quebra-cabeça interno que citou. Bjo pra tu, sua linda. Obrigada sempre pelos teus compartilhamentos!