me deixa errar os meus erros!
o que seria da vida se não fosse a nossa insistência em tentar descobri-la?
no inicinho de janeiro, eu fiz o meu mapa dos sonhos. eu adoro fazer isso, mas confesso que não faço um grande ritual e grandes anotações. coloco uma música gostosa, passeio pelo pinterest, escolho imagens e faço uma colagem no canva para criar um plano de fundo pro meu computador. como trabalho nele todos os dias, todos os dias eu encaro meus sonhos.
enquanto montava, fui percebendo a diferença entre a Ynara que começou 2024 e a que está começando 2025. no mapa dos sonhos passado, eu dizia que faturaria R$1M. tinha até uma imagem de um cheque preenchido (se é que alguém ainda usa cheque nessa vida).
esse ano não tem um cifrão, um número e nenhuma bolsa Chanel (como tinha no de 2023). esse ano tem um pedido de presença e tempo. simplesmente. uma das frases é essa aqui:
não que eu não queira faturar mais. acredito que esse seja um foco de todo profissional num mundo capitalista e instável. mas eu percebi que muito da minha ansiedade e falsa ambição vinha da comparação.
se tornou pra mim uma questão de honra me provar que eu era capaz de fazer um grande lançamento. “se todo mundo consegue, não é possível que eu não consiga”, pensava eu ignorando um dos aprendizados mais preciosos que toda mãe nos passa: você não é todo mundo.
e aí que ano passado eu comecei a olhar em volta com mais presença. foi mais um daqueles anos de mergulho interno, de entender o que de fato eu queria com tudo isso aqui. que caralhos eu estou fazendo da minha vida? mesmo. sem falsas idealizações e respostas de miss. onde eu vim parar e o que eu realmente desejo com tudo isso?
foi o momento de voltar a acompanhar pessoas que me inspiram e ouvir de verdade quem me acompanha. olhar nos olhos, sentir as palavras, abraçar. perceber com o meu corpo que esse trabalho atravessa pessoas.
em algum momento, eu também me perdi em estratégias para fazer mais e mais e elas não avançavam como eu idealizava. talvez porque a velha louca que me guia sabia que não era aquele o meu caminho. mesmo assim, ela me deixou bater com a cabeça no poste até eu cansar. e no momento que eu quis voltar, ela me recebeu sem julgamento algum. porque ela sabia que eu precisava daquilo.
quando eu tinha uns 20 e pouquinhos anos, eu falei exatamente isso pra minha mãe: “me deixa bater a cabeça no poste pra ver que é poste”. basicamente, eu estava dizendo: “me deixe errar os meus erros”.
o medo de errar te impede de voltar pra si. calma, eu explico. se eu não tivesse me jogado com tudo nesse mundo de competição capitalista, eu não teria conhecido essa versão minha. eu a conheci. ela é ansiosa, exigente, insegura. ela se compara o tempo inteiro e não dá o mesmo valor aos elogios que dá às críticas. ela ficou de cama por conta de um hate e entregou uma imersão de muitas horas enquanto estava com covid porque não achou profissional desmarcar. ela me adoeceu e eu percebi que não gostava nada de ser ela.
mas ela foi (e ainda é) extremamente necessária na minha vida. foi ela que me fez ser mais disciplinada na minha rotina e nos exercícios físicos, foi ela que investiu melhor na empresa, que comprou equipamentos melhores e se preocupou mais com nossas entregas. foi ela também que comprou um curso de gestão financeira e aprendeu a falar com o contador. ela me trouxe a ordem que faltava pra minha alma artista realmente poder viver.
eu precisei dela depois de tantos anos vagando pela vida respirando arte sem me preocupar com o amanhã. mas 2024 foi o ano que eu percebi que já era hora de integrar as duas versões. segundo a lei da polaridade, quando puxamos o pêndulo muito para um lado, ele vai precisar ir com tudo para o outro até encontrar o equilíbrio. eu sinto que a versão que existe agora é a junção dessas duas, a harmonia dos dois polos.
eu quero muito que o meu trabalho continue crescendo, mas eu não tenho pressa porque eu já amo onde eu estou agora. é óbvio que eu quero construir as minhas coisinhas e ter mais dinheiro para bancar desejos, mas eu já amo o que consigo fazer hoje e tenho clareza de que é coisa pra caramba num mundo como o nosso.
talvez seja mais um ano que eu não vá para a Europa com o euro nas alturas como está, mas é definitivamente mais um ano que eu estarei de volta à Amazônia guiando uma vivência linda e forte de liderança feminina.
talvez não seja o ano que eu faça a minha tão sonhada festa de casamento, mas que será um ano de muito amor, cumplicidade e aventuras ao lado do Lucas, disso eu tenho certeza.
eu defini que esse seria o ano de estar em paz onde eu estou para que eu busque o que eu quero, não o que me falta. porque não me falta nada. eu tenho o que preciso para viver, desfrutar e buscar meus desejos. claro, a vida não é um mar de rosas. ela é um mar de verdade. ora calmaria, ora tsunami. mas eu tenho meu barco. ele pode não ser um iate, mas também não é um bote inflável. e o melhor: ele é o meu barco.
meu mapa dos sonhos é um lembrete de que 1. viver pode ser mais simples, 2. sucesso é consequência do fazer diário e — esse sim — precisa ser gostoso, 3. eu tenho tempo e 4. onde eu realmente preciso focar é nas relações. o resto está nas mãos da vida!
e olha que eu sempre tive uma dificuldade danada em confiar nela. mas cansei de bater a cabeça no poste com isso também. eu acho que é só isso, sabe? cansei de bater a cabeça nos mesmos postes. quero postes novos! porque não adianta eu me iludir de que daqui pra frente tudo vai ser só leveza e borboletas.
aliás, eu acho curioso quando as pessoas falam que a vida não é um morango. ela é sim! doce e ácida na mesma medida. às vezes você dá sorte de pegar uns bem docinhos, às vezes alguns te enganam e tem sempre aqueles mofados no fundo da bandeja. o que a vida não é é um pudim. aí eu concordo! aliás, saudade de um docinho, hein? mas não posso. prometi pra mim que ficaria sem açúcar, glúten e álcool até meu aniversário (em março). essa semana tô de tpm e me encontro exatamente assim:
enfim, já estou divagando…
tudo isso pra dizer que tudo o que eu desejo pra mim e pra você é tempo, saúde e afeto. o resto é mar.
antes que eu me esqueça…
fiz uma coisa que não fazia desde 2019. abri minha agenda de tarot! e vocês não sabem: teve uma aceitação boa demais. fiquei chocada. postei uma única vez e já se foram 7 leituras! tô amando voltar pra minha skin oraculista (pra quem não sabe, foi assim que comecei). e justamente por estar amando, quero deixar aberto pra vocês também.
→ como funciona: eu faço a leitura do seu ano mês a mês! vamos entender o que o ano te reserva e criar estratégias para atravessá-lo com leveza e coragem. no final, abro pra você fazer uma pergunta específica.
→ duração: 1h30 a 2h - você recebe a gravação para acessar quando quiser e as fotos das cartas
→ investimento: R$350 (no pix ou no cartão de crédito)
→ para agendar: me envie uma mensagem aqui
→ para te garantir:
curadoria da semana:
🎧na verdade, estou em crise. vocês tem dicas podcasts engraçados? eu amava o da Laurinha Lero, mas ela parou. diz que agora voltou, mas a gente tem que lidar com o tempo de criação da diva que não é o tempo da nossa vontade.
🎬ai, gente! assistam Anora!!! que filme bonito! eu tô apaixonada! é divertido e sensível na medida certa, não erra a dose, sabe? os atores são fantásticos, abertos, disponíveis pro jogo! que deleite!
📚sigo lendo Memórias Póstumas de Brás Cubas e colocando meu português à prova. mas hoje eu quero te indicar essa news da
que é uma coisa bonita demais!
Me lembrei de quando eu questionava o Universo como uma revoltada, há não muito tempo, quase que tirando satisfação dizendo: Como assim um caminho de alma pode ser tão difícil? Como assim "o dinheiro não flui abundantemente com o trabalho que escolhi"?
Não era sobre isso, nunca foi. Era sobre viver. Viver uma vida bem vivida. ❣️
Amei seu texto! Muito inspirador.
Também fiz um vision board / mapa dos sonhos para 2025 e o meu principal mantra é: estou dando o meu melhor. Porque é só isso que posso exigir de mim