Amazônia Parte 1 - O Preparo
Enquanto você me lê, eu estou em plena Floresta Amazônia guiando uma vivência. Mas eu escrevo isso uma semana antes, na minha casa.
Esses dias eu me dei conta do que está prestes a acontecer comigo. Eu estou indo para a Amazônia guiar uma vivência de Liderança Feminina para 20 e poucas mulheres. Meu primeiro evento presencial será em plena floresta. Essa floresta imensa e misteriosa que eu só ouvi falar até agora. Tá passando tanta coisa por aqui e eu vou tentar te levar a sentir comigo.
1.
Minha avó era indígena. Ela não tinha sobrenome. Era “Da Paz”. Mas sua irmã era “De Jesus”. Sim, obra dos jesuítas que foram catequizar o sul de Minas Gerais. A comunidade que ela pertencia se chamava Caxabá. Ela nunca viveu na comunidade. Seu pai era indígena e sua mãe, não. Mas não temos muita notícia da origem da minha bisavó. Minha avó sempre contou que seu avô foi “pego no laço”.
Ela tinha a sabedoria das ervas com ela. Era feiticeira: remédios e venenos, conhecia todos. Mulheres batiam à sua porta para buscar garrafadas para engravidarem. E dava certo, óbvio. Meu avô dizia que ela era bruxa. E era mesmo.
Uma vez contei a história da minha avó no instagram e recebi uma mensagem de alguém me dizendo que eu estava aproveitando da história dela para ganhar engajamento. Eu não sei explicar em palavras pra você a minha revolta. Eu cresci muito próxima dela e ouvindo suas histórias de perto (repetidas vezes no fim da vida quando o Alzheimer apareceu). Pode não existir em mim seus traços, mas existe em mim MUITO dela. Principalmente o amor por doces, liberdade, poesia, música e bruxaria.

A comunidade da minha ancestralidade é das matas atlânticas, não amazônicas. Mas mesmo assim, é muito forte iniciar essa minha nova fase ali. Todos os centros que eu frequentei me disseram que tinha um caboclo comigo. E eu já o ouvi. Hoje tem ele e tem a Vó também. Eu sinto como se eles estivessem me guiando para resgatar algo por ali. Na volta eu vou poder contar pra vocês como me senti…
2.
Final do ano passado eu abri uma mentoria coletiva. Na primeira turma estavam Marina e Letícia, responsáveis pela Amazen, uma vivência na Amazônia. Guiada por elas e por mulheres ribeirinhas que administram a pousada Caboclos e outros empreendimentos locais que fazem parte do roteiro. “Vivência, não retiro”, elas deixaram bem claro. Contato real com a floresta, a comida, o comércio, o artesanato, a dança, a música, a natureza, a comunidade local e sua medicina. “Não, não tem ayahuasca”, elas também deixaram bem claro.
Quando finalizamos nosso processo, elas me convidaram com muita leveza a guiar uma vivência de Liderança Feminina. Seria uma edição especial, fora do calendário oficial.
Eu topei NA HORA. Mesmo sem fazer ideia do que entregaria. Eu sempre tive isso e acho que é resquício da vida de atriz: “fala que sabe, depois você resolve. O importante é pegar o job”.
Iniciamos nossas reuniões e concluímos o roteiro. Como eu disse no título, te escrevo ainda de casa. Vou ter que te contar depois como tudo fluiu.
Por agora ainda preciso comprar repelente e montar a playlist de uma das práticas. E baixar, pra não depender da internet.
3.
Eu comecei meu trabalho na internet em 2020 quando lancei meu primeiro curso. Em 2019 eu tinha começado a flertar com essa ideia já que andava muito chateada com minha carreira de atriz/garçonete. Eu já tinha uma grande amiga na área, então resolvi arriscar mesmo sem fazer ideia do que poderia oferecer. “Eu vou ensinar o que pras pessoas? Eu só sei atuar e não quero dar aula de teatro!”
Minha amiga me dizia que eu tinha muito a oferecer pras pessoas e eu não conseguia saber como. Mas mesmo assim, comprei um curso/mentoria de marketing digital e branding pra tentar descobrir.
Percebi que poderia pegar tudo o que havia aprendido e começar a ensinar quem estava começando a se posicionar a ficar à vontade diante da câmera. Algo novo pra muitas empreendedoras e profissionais autônomas e que eu estudava há 11 anos. Pronto. Criei meu primeiro curso.
Desde então, já mudou muita coisa no meu próprio posicionamento, na minha comunicação e no meu servir.
Hoje não falo apenas com empreendedoras digitais, mas meu método tem atingido mulheres que desejam ter coragem de viver a partir de suas escolhas e expressar suas verdades na vida ou no trabalho.
Hoje, 3 anos depois, eu tô indo para a Amazônia dar uma vivência de Liderança Feminina para 20 e tantas mulheres!!!
Hoje eu tô encaminhando a minha pesquisa e meus estudos cada vez mais em direção aos processos das mulheres para reivindicarem suas vidas para si. Energia feminina, liderança, amadurecimento (Mulher Adulta), processos da psique feminina, rompimentos, curas, desejos, loucuras, sexualidade e tudo o que envolve a nossa existência.
Hoje as coisas estão ganhando uma proporção e uma base que eu JAMAIS imaginaria lá em 2020 quando pensava que não tinha nada para ensinar.
Meu método não nasceu pronto e ainda está se lapidando. Essa experiência presencial vai acrescentar ainda mais, eu tenho certeza. Sinto na minha alma uma voz que diz: “espera até você buscar o que te espera por lá”.
4.
Nada disso estaria acontecendo se em 2020 eu não tivesse arriscado mesmo sem saber ao certo o que seria. Eu quero que você pegue essa história como exemplo e dê o primeiro passo hoje.
Aceita as ideias que estão surgindo para você como oportunidades. Invista em conhecimento e guiança. Se aprimore! Não tenha medo de errar. Erro é maravilhoso: nos mostra onde não ir. E isso é coisa pra caramba!
Não te contei, mas tiveram uns flops e algumas crises existenciais no caminho. Pinceladas de vontade de desistir também. Mas eu passava um dia na cama chorando e com pena de mim. Um dia. É tudo o que eu me dou até hoje. Depois levanta, toma um banho, limpa a casa e as energias e continua.
A vida que a gente deseja depende da gente e das oportunidades para acontecer. As oportunidades precisam nos encontrar em movimento. Quando comecei esse caminho também estava perdida e sem saber direito o que estava fazendo. Mas me coloquei nele mesmo assim.
Nos stories eu compartilhei um trecho do livro Circe que acabei de ler recentemente e recomendo com todo meu coração. Eu vou terminar essa newsletter com esse trecho pra que você se lembre que eu não cheguei aqui “do nada” e não vou chegar ainda mais além “do nada”. Eu cheguei porque em algum momento lá em 2020 eu dei o primeiro passo.
“Deixe me dizer o que a magia não é: não é poder divino, que vem com um pensamento e um piscar de olhos. Deve ser feita e trabalhada, planejada e procurada, desenterrada, secada, fatiada e moída, cozinhada, encantada e cantada. Mesmo depois de tudo isso, pode falhar, ao contrário dos deuses. Se minhas ervas não estiverem frescas o suficiente, se minha atenção vacilar, se minha vontade for fraca, as poções se tornam chocas e rançosas em minhas mãos. (…) Dia após dia, com paciência, a pessoa deve jogar fora os erros e começar de novo”
Eu e Circe estamos te esperando do lado de cá!
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MARAVILHOSAAAA!!!
Gentch, ja to louca pra saber mais de como foi!
Que alegria saber um pouquinho de como tudo aconteceu até a Vivência. Vou ficar daqui acompanhando de pertinho.
Beijo enorme no coração!