antes de começar meu relacionamento com Lucas (1 ano antes, mais ou menos), eu conheci D. foi um encontro-furacão. ele veio, plantou o caos e sumiu na mesma velocidade.
ele tinha tanta energia em si que todas as poucas vezes que nos vimos, quando ele ia embora, eu ficava exausta. uma vez eu literalmente passei o dia todo sem conseguir ficar em pé porque me dava tontura - totalmente sem energia. o que me rendeu uma péssima performance no ensaio e uma bronca do diretor que achou que eu estava “dando desculpa” ou “fazendo corpo mole”. isso me encheu de revolta porque responsabilidade sempre foi uma das minhas características e também porque eu tenho esses “passamentos” desde criança, e desde criança tem sempre um homem desconfiando da veracidade do meus sentir (hoje eu dia chamam de síndrome vasovagal, apesar de eu ainda não ter feito os exames para confirmar, é exatamente o que me acontece).
D. entrou na minha vida com uma função sem saber: me despertar. depois que ele sumiu e por e-mail me disse que apesar de todo discurso apaixonado dos primeiros dias, não queria nada comigo, eu decidi dar um bom tempo nas relações.
o mar me disse: você precisa ficar sozinha. eu realmente ouvi esse sussurro nos meus ouvidos quando estava na areia, vendo as ondas quebrarem e pedi uma resposta. eu atendi. e foi ali que comecei a tentar me conhecer. eu queria quebrar um padrão de me relacionar com quem terminava comigo me dizendo “você é incrível, mas…”. e também queria parar de idealizar as pessoas e me apaixonar por essa ideia. eu queria a realidade.
e foi aí que conheci o Lucas. mas conto essa história pra vocês outro dia.
hoje eu quero trazer um texto que escrevi depois que o mar falou comigo. um dos meus textos secretos que eu tô honestamente pensando em unir e transformar num livro. o que acham dessa ideia? enquanto não acontece, aqui vai…